Pra tocar o manto é o novo disco do Trazendo a Arca. O repertório interpretado por Luis Arcanjo e Davi e Verônica Sacer possui 12 canções que segue o estilo musical dos trabalhos anteriores.
A capa tem dividido opiniões na internet. Alguns acham ela linda e maravilhosa, outros a consideram folclórica e apelativa. Eu, particularmente, me encaixo no primeiro grupo.
A musicalidade da banda, constituída por Ronald Fonseca, Isaac Ramos, Deco Rodrigues e Pelé é incontestável, por isso sempre fica aquele sentimento que eles poderiam ter ousado um pouco mais nos arranjos, tanto nas conduções harmônicas, quanto nas linhas melódicas.
“Não precisamos temer, pois o Senhor é a nossa rocha. Ele nos faz andar de cabeça erguida”. Baseado nas palavras do rei Davi, a canção Salmo 3 é um pop rock recheado de power chords, que versa sobre confiança. Destaque as convenções executadas pela “cozinha” e para os ataques do naipe de metais arranjado pelo veterano e competente Zé Canuto.
Yeshua mantém a pegada alegre e festiva da faixa anterior. É um louvor de exaltação ao Senhor Jesus Cristo. Destaque para as intervenções melódicas dos metais, para a dinâmica da banda e para os riffs de guitarra.
A balada Invoca-me é cantada em primeira pessoa (como se fosse Deus falando). Foi escrita em parceria com Kleber Lucas. O turn around final lembra as levadas do Roupa Nova nos anos 80. Destaque para a melodia do refrão que é cativante.
“Ó Deus livra-nos das ambições, do orgulho e da vaidade. Livra-nos dos enganos do nosso coração”. Perdoa possui uma letra de contrição e arrependimento. Mais uma vez se sobressai no arranjo os timbres e os efeitos harmônicos e melódicos da guitarra.
Semeando com lágrimas trata sobre fé e perseverança. O hino é conduzido de forma envolvente e no final temos uma mudança de clima com alguns licks de guitarra e uma presença mais densa do back vocal.
Serás sempre Deus é outra declaração de amor e reconhecimento da soberania de Deus. A introdução, pesada e marcante, conduz as divisões da música, sendo repetida no meio e no final dos blocos.
A faixa título mantém a sonoridade característica do ministério desde a época em que eram o núcleo do Toque no Altar. Pra tocar o manto conta com um naipe de cordas a vera preenchendo os espaços do arranjo de forma suave. Uma das melhores.
Dando seqüência a este momento contemplativo temos Cruz. Outro louvor escrito em parceria com Kleber Lucas. A canção é conduzida de forma crescente, auxiliada pelas cordas, que desta vez preenchem a harmonia com ataques empolgantes. A letra é alusiva a obra redentora de Cristo na cruz. Destaque também para a “pressão” do back vocal no final.
A faixa nove segue o estilo “prato-cheio-pro-ministro-de-louvor-interagir-com-a-igreja”. Dona das estrelas é outro hino de exaltação a Deus. “E a minha alma adora a Ti, por Tuas obras e pelo que Tu És. De Tua glória shekinah, toda Terra se encherá. Pra sempre És e sempre serás”.
Toca na rocha é alusiva ao fato ocorrido com Moisés e registrado no Pentateuco. O louvor tem uma levada interessante e boa de ouvir. Outra entre as melhores.
De autoria do trio Luis Arcanjo, Davi Sacer e Ronald Fonseca, a música Caminho de milagres foi gravada por Aline Barros em seu segundo álbum pela MK. Teve o destaque de ter sido música de trabalho, faixa título do cd/dvd e vinculada nas rádios de todo o país. Ou seja, dispensa maiores comentários. Vale a pena destacar que a roupagem executada pelo TaA é muito boa também. Sonzeira!
Quem é você fecha o repertório com uma letra confrontante e reflexiva. “Depois de pregar seu lindo sermão ou de depois de cantar a última canção. Quando você volta para casa, e ninguém mais que você precisa impressionar está por perto...Quem é você?” “Quem é você quando ninguém vê?” “Só mesmo você pode responder, por trás da aparência onde só Deus vê”. “Quem é você longe do altar. O que Deus vai ver quando te sondar?”. Entenderam?
Até a próxima.
Maiores informações: www.trazendoaarca.com.br
Fonte: Super Gospel
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