Criado na igreja pela tia, Kirk Franklin aprendeu piano aos quatro anos de idade e aos onze anos já liderava o coral adulto da Mt. Rose Baptist Church. Kirk teve uma infância e juventude premiada, mas sua carreira foi, desde cedo, cercada por rebeliões de gangs de adolescentes.
Sacudido nas brechas da sua igreja, Franklin começou a visualizar um som que fundisse o Gospel tradicional com r & b, rock e pop, que ele ouvia. Isso foi um mix eclético que passou pelo funk de Cameo, Earth, Wind & Fire, George Clinton e Rick James ao rock do U2, Inxs e Depeche Mode. Suas gravações, que eram feitas com um conjunto de dezessete vozes, alcançaram o selo Gospo Centric, através de Vick Mack Lataillade, que assinou um contrato com Franklin imediatamente, tornando seu primeiro álbum, Kirk Franklin & The Family (também conhecido como “Why We Sing”) recorde de vendas.
The fight of my live é o terceiro lançamento dele pelo selo “Fo Yo Soul Entertainement”, em parceria com a Zomba/BMG, disponível no Brasil através da BV Music.
Seu disco anterior, “Hero”, alcançou também o exigente mercado secular, incluindo publicações de artigos nos jornais “USA Today” e “The Associates Press” com críticas positivas ao trabalho do cantor.
Segundo a Billboard Magazine, a faixa “Looking for you” foi o single mais tocado por várias semanas nas rádios gospel nos EUA. A música ainda fez parte do repertório do filme “Norbit” de Eddie Murphi.
Neste intervalo entre “Hero” e “The fight of my life”, o cantor gravou “September” do Earth, wind and fire para o álbum “Interpretations” e lançou a coletânea “Songs for the storm – volume 1”.
Declaration (This is it) dá início ao set list. Não tem a pressão de “Stomp” e “Revolution”, nem as surpresas rítmicas de “Hosana”, nem a vibração de “Looking for you”, ambas canções que abriram seus álbuns anteriores, mas mantém o padrão Kirk de pegada e qualidade. Com certeza mais um sucesso pra sua seqüência de emplacar hits.
A seguir temos um r & b interessante. O vocal é basicamente masculino e as interpretações estão recheadas de melismas. Apesar de ser bem marcada, a levada possui nuances bluesísticas.
Help me believe é uma oração cantada conduzida no tradicional formato de coral em tríades. “Ajude-me a acreditar” conta com uma melodia belíssima e o arranjo instrumental dispensa comentários. Destaque para o naipe de cordas.
Uma levada cadenciada com um certo swing latino conduz Hide me. Destaque para o naipe de metais que preenche os espaços do arranjo com clusters e para a dinâmica no turn around final.
Um dos hinos mais impactantes do repertório é How it used to be. O instrumental é denso e envolvente e o vocal desfila com maestria nessa melodia cativante. Realmente muito boa.
He will supply é gospel spiritual com uma sonoridade levemente moderna. Versa sobre provisão e proteção divinas.
Em Jesus ele utiliza também amostras dos clássicos do soul com uma espécie de mistura de hip-hop com r & b. Mais um hit dançante e empolgante.
Cantada em primeira pessoa (como se fosse Deus falando) I am god é o louvor mais pop-rock do cd. É conduzida por power chords de guitarra com uso constante de overdrive e distorção amparados por uma típica bateria “bate-estaca”.
Outra oração cantada é encontrada em It would take all day. “Ocuparia todo o dia” tem uma levada percussiva e uma virtuosa interpretação do piano e do coral.
Mais uma mistura contemporânea entre o gospel urbano e o soul tradicional é encontrada em A whole nation. “Uma nação inteira” também traz nuances de r & b e um pouco de jazz. Somzeira!
Que tal adorar a Deus com a pegada típica do anos 70? Still in love é uma declaração de amor a Deus com um arranjo alegre e festivo.
A canção emenda com I like me que versa sobre auto-afirmação.
O momento mais introspectivo do disco é Chains. Interpretada piano e voz, esse comovente louvor trata sobre libertação. A interpretação vocal e pianística são primorosas. A orquestração trabalha um arranjo de base jazzístico que é discreto e envolvente.
Still (in a control) traz outra participação do Coral que conta com os solos de Ashley Gilbert, Anasha Figueroa, Nikki Ross, Isaac Carre e Charmaine Swimpson que, regidos por Kirk nas 16 canções, somaram em qualidade neste projeto. Nesta faixa, em especial, destaque para as nuances de dinâmica do turn around final.
Terminamos a audição com a sensação de que valeu a pena. Tanto musical, quanto espiritualmente. The last Jesus tem letra reflexiva e é cantada sobre uma levada percussiva, é conduzida por um naipe de cordas e conta ainda com intervenções sonoras de órgão e piano.
Fonte: Super Gospel
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