Grupo cristão percebe aumento na perseguição

MUNDO MUÇULMANO - Uma associação de agências cristãs e de indivíduos que defendem os direitos humanos dos cristãos no Oriente Médio e no Norte da África, se mostraram preocupados com a situação de vários prisioneiros cristãos. Alguns deles podem ser executados por causa de uma lei recentemente adotada.

Através de pedidos de oração enviados pela internet aos seus intercessores, o grupo cristão Middle East Concern (MEC) disse que está particularmente preocupado com os cristãos detidos no Irã que podem ser sentenciados à pena de morte.

“Cristãos iranianos pediram a nossa oração por Ramtin, um cristão iraniano preso no dia 21 de agosto, na área de Mashad. Ele é filho do pastor Hussein Soodmand que foi executado em 1990.”

“Ramtin é casado e tem dois filhos pequenos. “No mês de agosto, sua mulher foi informada que ele poderia ficar na prisão por muito tempo. Por todo o mês de setembro, ela recebeu permissão para manter um pequeno contato com ele, apenas pelo telefone, por um minuto ou dois a cada semana. Mas isso parou de acontecer recentemente, e entende-se que Ramtin está na solitária”, afirmou o MEC.

“Um relatório recente informa que ele está sendo acusado de promover propaganda contra o governo e que deve comparecer ao tribunal em 20 dias”, continuou o grupo.

Apesar de dois cristãos que foram detidos em maio terem sido soltos, pelo menos outros 40 cristãos devem estar na cadeia em diversas cidades do Irã, de acordo com o MEC e outras fontes.

Um caso confirmado é o de três cristãos que foram aprisionados na área de Urumieh, no fim de setembro. Estes eventos têm ocorrido dentro do contexto de uma nova lei que fará que a apostasia e o abandono do islã sejam crimes capitais.

O projeto de lei adotado pelo Parlamento espera a aprovação do Conselho dos Guardiões, responsável por verificar se a leis iranianas estão de acordo com os princípios islâmicos.

Problemas financeiros

O MEC relatou que estava investigando casos similares na região. “Os cristãos de um país árabe pediram nossas orações por um ex-muçulmano que foi supostamente avisado por um grupo extremista que deve se converter ao islã até o final de setembro ou será morto. Cristãos próximos a esse irmão estão investigando algumas opções para garantir a segurança dele.”

Além disso, outros trabalhadores cristãos no Oriente Médio estão na prisão, incluindo um ex-muçulmano que já foi aprisionado por causa da sua fé algumas vezes. Em 2004, ele foi solto e começou a reconstruir a sua vida, inclusive contou com empréstimo para abrir uma loja. Mas a sua família e a polícia têm se voltado contra ele por causa da sua fé, atrapalhando o seu negócio, o que levou este irmão a contrair dívidas.

O MEC informou que o cristão não conseguiu pagar essas dívidas e perdeu a data de reembolso. Ele está se escondendo da polícia, com medo de ser preso.

Outro cristão norte-africano está na prisão desde 2001, quando requisitou materiais de uma organização de mídia cristã. O grupo não especificou o país, nem o nome do cristão, aparentemente por estarem negociando com as autoridades para que ele seja solto.

“Ele escreveu em inglês, mas o grupo cristão viu seu endereço e lhe enviou materiais em árabe. Quando nosso irmão foi para o correio pegar o material, foi preso por importar material evangelístico”. Apesar de o homem não ler nem falar árabe, as autoridades se negaram a achar que era um erro, afirmou o MEC.

Esse cristão que ainda está preso é o líder de um pequeno grupo de adoração na cadeia.

Para o MEC, esses dois casos enfatizam uma hostilidade maior contra o cristianismo em todo o Oriente Médio e no Norte da África, em um momento marcado pela crescente influência de grupos e radicais islâmicos.

Fonte: Missão Portas Abertas


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