A polícia prendeu uma mulher suspeita de ter plantado uma bomba na igreja católica da Assunção em 23 de maio. A explosão matou três pessoas e feriu várias outras.
Seta Thapa Shrestha (27), presa em Kathmandu no dia 2 de junho, confessou o crime, segundo a polícia.
O Superintendente da Polícia Kuber Singh Rana, disse à imprensa que no mesmo dia em que Seta confessou ter plantado a bomba de 23 de maio, ela expressou arrependimento por haver somente três vítimas. Falando mais tarde ao UCA News, Kuber declarou que “Seta será acusada de homicídio.”
O padre Robin Rai, vigário da paróquia da Assunção, disse que Balan Joseph, pai de Celeste Joseph e marido de Buddha Laxmi Joseph (ambas morreram na explosão), identificou Seta como a mulher que deixou uma sacola dentro da igreja no dia 23 de maio.
Logo após ela ter deixado a igreja, a bomba na sacola explodiu, matando Celeste Joseph e outra mulher, Deepa Patrick, instantâneamente. A mãe de Celeste morreu enquanto era submetida a tratamento no hospital no dia 31.
“A mulher parecia estar orgulhosa do que tinha feito. Ela não tinha nenhum arrependimento e parecia audaciosa o bastante para confessar o crime,” disse o padre Rai, que foi ver a suspeita na delegacia.
Kavita Rai, uma paroquiana da igreja da Assunção, contou ao UCA News que tinha visto Seta e seu filho, um rapaz jovem, frequentarem a missa aos sábados por mais de um mês.
De acordo com informações da mídia, Seta disse à polícia que era membro de um grupo hindu, Hindu Rashtra Bachao Samiti (Associação para Salvar a Nação Hindu), e ela também era associada a organizações que trabalham para o bem estar de mulheres e crianças em Kathmandu.
O Exército de Defesa do Nepal (NDA), um grupo extremista hindu, assumiu a responsabilidade pela bomba. Relatórios da imprensa sugeriram que Seta foi “inspirada “ pelo NDA e que ela estava disposta a ser uma mulher-bomba.
É obvio que o Exército de Defesa do Nepal foi o mentor do atentado e investigações mais detalhadas estão em andamento, disse Kuber.
O superintendente está encabeçando uma força tarefa de alto nível formada pelo Ministério do Interior para investigar o atentado. Ele disse que a segurança no Vale de Kathmandu tem sido reforçada e que as igrejas têm sido advertidas para permanecerem em alerta.
“Temos dados sugestões aos líderes de igreja de modo que melhorem a segurança”, ele declarou.
Acredita-se que a NDA tenha aliciado ex-soldados, ex-policiais e vítimas das guerrilhas maoístas. Eles afirmam ter treinado homens-bomba para lutar contra comunistas, cristãos e muçulmanos. O principal objetivo desse grupo obscuro é restabelecer o Nepal como uma nação hindu, eles alegam.
O governo nepalês, formado em 2006 depois que o antigo rei Gyanendra Shah foi forçado a renunciar o poder absoluto, declarou o governo secular. Os maoístas, que lideraram uma década de insurreição nessa nação himalaia, reuniram as principais correntes políticas no mesmo ano após assinarem um tratado de paz com o governo.
Desde então, vários grupos hindus tem protestado contra a ação do governo e exigido que o Nepal seja declarado uma nação hindu novamente.
Enquanto isso, em 4 de junho os médicos disseram que os cinco católicos feridos que estão sendo tratados em dois hospitais em Katmandu estão em condições estáveis.
Fonte: Portas Abertas / Gospel+
Via: O Verbo
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