Pastora recebe prêmio por luta pelos Direitos Humanos

Ao longo da vida, a pastora Marga “tem dado significativos e corajosos testemunhos de solidariedade cristã com pessoas perseguidas e injustiçadas”, disse o pastor presidente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), Walter Altmann, ao cumprimentar a colega.

O líder luterano também destacou o comprometimento da pastora, “que tem feito avançar a cooperação entre igrejas cristãs, movimentos religiosos e sociedade civil”.

A cerimônia de entrega do prêmio ocorreu em praça em frente ao prédio da OAB, em Belém. O evento foi aberto com culto ecumênico seguido de entrega de camisetas alusivas aos 60 anos da proclamação dos Direitos Humanos, comemorados hoje, e aos 20 anos da Constituição brasileira, música e coquetel.

Rosa Marga Rothe, 68 anos, é natural da Alemanha. Ela migrou para o Brasil com a família, morou em Teófilo Otoni e depois em Belém, no Pará. Naturalizou-se brasileira, por opção. Estudou Teologia na Universidade Federal do Pará e tem mestrado em Antropologia Social.

Na IECLB, ela é fundadora da Paróquia de Confissão Luterana em Belém e participou da criação da Pastoral Popular Luterana (PPL).

A pastora Marga faz jus ao título. Ela fundou a Sociedade Paraense de Defesa de Direitos Humanos, foi ativista do Movimento pela Libertação dos Presos do Araguaia, nos anos 80 do século passado, coordenou a equipe de Educação Popular do Centro de Intercâmbio de Pesquisas e Estudos Econômicos e Sociais, promovendo a educação de adultos segundo o método Paulo Freire.

Também participou na criação do Instituto Universidade Popular (Unipop), em 1987, onde atuou na educação para a cidadania, coordenando o Núcleo de Estudos Ecumênicos. Foi co-fundadora do Conselho Amazônico de Igrejas Cristãs (CAIC) que, em 1998, iniciou o Curso Ecumênico de Teologia.

Foi presidente da Associação Amazônica de Ciências Humanas e da Religião, de 2004 a 2007, e a primeira Ouvidora do Sistema Estadual de Segurança Pública do Pará, por indicação da Sociedade Paraense de Defesa de Direitos Humanos (SDDH), função na qual permaneceu por quatro mandatos.

Em dezembro de 2004, Rosa Marga recebeu o Prêmio de Direitos Humanos, conferido pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos, do gabinete da presidência da República.

Fonte: ALC


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